sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Lyoto alfineta Dana White: 'No mundo dos negócios não existe favor'



LYOTO '' THE DRAGON '' MACHIDA COM O EDITOR DA REVISTA AMAZON MMA JACK FIGHT


Lyoto alfineta Dana White: 'No mundo dos negócios não existe favor'
Toronto (Canadá) - Com a rusga com o presidente do UFC, Dana White, superada, Lyoto Machida sai da geladeira do UFC diretamente para a disputa do cinturão dos meio-pesados. Mas o americano Jon Jones não é o único adversário do carateca brasileiro na edição 140 do evento, neste sábado, em Toronto, Canadá.

Machida precisa dissipar a desconfiança criada sobre ele quando aceitou substituir Phil Davis, no UFC 133, em agosto, porém exigiu o mesmo valor de bolsa pago ao campeão dos médios Anderson Silva. O fato irritou o chefão e pôs em xeque sua continuidade no evento. Em sua defesa, o baiano afirma que tinha só três semanas para a luta e que não pode se prejudicar em troca de ‘favores’.

"Posso perder para qualquer pessoa, menos para mim. Dana pediu para que eu lutasse como se fosse um favor e eu disse que não, a menos que fosse algo que me compensasse. Não quero dever favor e nem que me façam favores. No mundo dos negócios não existe isso", decreta.

Com o mal-estar desfeito, Lyoto Machida chega empolgado para uma das batalhas mais importantes de sua carreira, após nocautear Randy Couture, em abril. Do outro lado, estará o menino-prodígio e queridinho do UFC: Jon Jones, dono do cinturão. O brasileiro, no entanto, não se incomoda e diz que todos são iguais depois que a jaula é fechada.

"Tudo isso faz parte do marketing dele, mas não o vejo com esses olhos. Não penso no que ele fala, só penso em mim. As coisas só se decidem quando começa a luta e ali todos são iguais. Procuro me incentivar cada vez mais para decidir a luta e acabar com ele o mais rapidamente possível", afirma o Dragão, adepto da paciência para reconquistar o título perdido em maio de 2010, para Shogun.

"Acho que a paciência começa antes da luta, com tranquilidade e não se afobar em nenhum aspecto. É trabalhar minha técnica, já que a maior conquista vai ser pôr em prática o que treinei", analisa o ex-campeão, surpreso com a chance de retomar o cinturão.

"Outros estavam na minha frente, como Rashad, Rampage e Phil Davies, e não o esperava ainda, por tudo que aconteceu entre Dana e eu, mas é o meu momento e queria muito viver isso tudo outra vez", diz Machida, preparado para retomar seu lugar na história.

Lyoto volta ao palco do nocaute histórico

No UFC 129, em abril, Lyoto Machida viveu uma daquelas oportunidades em que o lutador entra no ringue vaiado e deixa a batalha aplaudido. Com um chute frontal que apagou Randy Couture, o baiano radicado no Pará deu a volta por cima e se credenciou a lutar pelo cinturão. Neste sábado, o brasileiro volta ao Canadá e sabe que vai ter uma arena lotada. Porém, agora, ele espera ter a massa ao seu lado.

"Sou grato ao Canadá. Lógico que a torcida era do Couture. Não podia ser diferente. Mas sempre fui bem tratado e espero que dessa vez eles me apoiem. Entretanto, tenho é que pensar no meu adversário e saber lutar contra a torcida também faz parte do esporte", frisa Machida, que conta com 12 pessoas na sua equipe técnica e mais os amigos que vieram dar aquela força.

"Além da minha comissão, foram cinco sparrings e nomes como Glover Teixeira, Ildemar Queixinho, Zezão Trator, Ricardo Minhoca e Anderson Braddock me ajudaram no camp, além, é claro do americano Lawal, que simulou o wrestling de Jones", comenta o brasileiro, que fez toda a preparação em Belém e mandou um recado para o adversário de logo mais.

"Vou estar muito bem preparado e espero que ele esteja também. É a minha hora de mostrar que posso lutar como campeão", finalizou o carateca.

Carateca pode trazer o quarto título do UFC para o Brasil

Lyoto Machida tem uma baita responsabilidade nas mãos. Se derrotar o campeão meio-pesado Jon Jones, o carateca conquistará para o Brasil a quarta das sete categorias do Ultimate Fighting Championship, um feito inédito na história do evento. Lyoto se juntaria ao pesado Junior Cigano, o médio Anderson Silva e o pena José Aldo no hall dos campeões antes do fim do ano.

"Estou preparado para tudo. Vou trazer esse título para o Brasil, custe o que custar. Estou confiante de que meu estilo pode encaixar bem contra o Jones e vou sair com o cinturão", analisa Lyoto, com confiança em trazer a hegemonia do torneio para o País.

Para reconquistar um título que escapou no ano passado, o brasileiro aposta nos contra-golpes para surpreender o menino-prodígio, bom no wrestling e dono de uma cotovelada devastadora.

"Tenho que me preocupar com tudo o que ele tem demonstrado. É difícil ter uma previsão da luta com antecedência, mas estou preparado para absorver os golpes e pôr a estratégia em jogo", decreta o baiano.

"Ele tem golpes um pouco diferentes em algumas situações e estou focado nisso. Não posso dar bobeira, porque ele castiga, mesmo", completa o lutador, que espera dedicar a vitória à família.

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