domingo, 11 de dezembro de 2011

Galvão Bueno narra UFC Rio 2012

Galvão narra UFC Rio e adia aposentadoria

Foto reprodução
“Esquerda, esquerda, direita, direita, acabou!”. Os gritos de Galvão Bueno, o maior narrador esportivo do Brasil, comemorando a vitória de Junior Cigano sobre Cain Velasquez no primeiro UFC transmitido pela rede Globo foi um marco em sua carreira. O desafio de narrar o novo esporte trouxe ânimo ao narrador mais amado e odiado do país. Em entrevista exclusiva ao jornal O Globo, Galvão confirmou que será o comentarista do UFC Rio, programado para o dia 14 de janeiro de 2012 na HSBC Arena, contou sobre a expectativa de narrar o evento com a arena lotada, como surgiu a expressão “gladiadores do terceiro milênio” e garantiu que o UFC vai prolongar a sua carreira na TV.

“As pessoas entenderam errado. A próxima Copa, no Brasil, será a minha décima e, certamente, a última que vou narrar. Mas não quer dizer que eu vá parar de trabalhar. Quero mergulhar no ciclo olímpico para 2016. Depois, se eu vivo estiver e com saúde, vou continuar na TV. Pode ser num programa ligado a esporte, posso virar um âncora de eventos... Tem coisa mais fantástica ser a décima Copa, em exatos 40 anos de profissão e no Brasil? Pronto, chega. Fecho o microfone. Boa noite, um beijo e abraço a todos. Mas não vão se livrar de mim! Sabe-se lá por quantos anos eu vou fazer o UFC!”. Confira abaixo os melhores trechos da entrevista.
O convite para narrar o UFC: 

“Oito dias antes da luta, Luiz Fernando Lima (diretor da Central Globo de Esportes) me ligou, perguntando o que eu achava da ideia. Eu disse: “Vamos agora!". Tenho uma história de narração de boxe. Eu fiz Muhammad Ali, Evander Holyfield, Mike Tyson, Acelino Freitas. Sempre gostei. A casa queria um início à altura do UFC e eu estava à disposição. E é muito bacana porque você chega numa fase em que imagina que já enfrentou todos os desafios. Eu não esperava que pudesse aparecer algo novo e com uma repercussão tão grande. A nossa conversa foi numa sexta. Na terça, eu fui avisado oficialmente e a Globo.com me ligou pedindo umas aspas sobre o assunto. Naquela mesma noite, eu já era esse tal de trend topics (lista dos assuntos mais comentados do Twitter). Eu, então, fui me preparar”.

Preparação:
“Acompanhei muito o início do esporte, quando começou em 1993, mas fui estudar o assunto. Tive a sorte de estar reprisando o UFC de Birmingham na TV italiana e vi as lutas (Galvão vive com a família na Europa, em Mônaco). Como graças a Deus eu não tenho só inimigos, tenho amigos, eles começaram a me mandar pesquisas, como, por exemplo, o glossário dos termos que são usados atualmente para que eu já imaginasse a tradução das expressões. Fiz o meu dever de casa, juntei o que eu sabia às novidades. Vim de Paris para São Paulo dando uma lida em tudo. Estava pilhado!”.


Pressão:

“Exatamente! Desde as grandes corridas do (Ayrton) Senna que eu não via uma transmissão que eu fosse fazer com tanta expectativa e repercussão. Continua sendo desafiador. Vai ter outra em janeiro, no Rio (a próxima luta a ser narrada por Galvão acontece dia 14 do mês que vem). Imagina a arena lotada!”.

A emoção:

“Eu me senti entrando na arena! E tive a sensação exata quando falei que eram os gladiadores do terceiro milênio (a expressão virou sucesso nas redes sociais). É isso mesmo! É claro que os gladiadores eram, na maioria, escravos que lutavam pela sobrevivência. Não é o caso do UFC, um esporte com 32 regras. Recentemente, eu fiz uma viagem com Desirée, minha mulher, e o nosso filho, Luca, de 10 anos. Ele me pediu que o levasse ao Coliseu, em Roma, e agendamos uma visita que percorria desde o lugar em que os gladiadores treinavam até o caminho que faziam para chegar à arena. E, logo depois, estava eu aqui, me sentindo no centro do Coliseu novamente. Foi espetacular!”.

A expressão gladiadores do terceiro milênio:

“Na hora! Eu nunca criei um bordão de caso pensado. O "Bem, amigos da Rede Globo" surgiu por eu narrar fora do Brasil e ter sempre o fuso horário. Eu me embaralhava ao dizer "Bom dia" ou "Boa noite". Um dia, travei e falei "Bem, amigos". O mesmo com "Vai que é sua, Taffarel". Ele é o goleiro mais importante, com respeito a todos os outros, na História da Seleção Brasileira. Mas eu ficava enlouquecido porque ele não saía do gol. Então, "Vai que é sua" é "Vai na bola, infeliz!". Eu não podia falar isso, né?” FONTE: TATAME

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